Das contradições...
Por que tenho que construir minha personalidade pautada na homogeneidade e no princípio de que a construção de minhas diversas faces tem que ser regida pelo princípio da não-contradição?
Por que tenho que ter explicações para todos os meus atos e tenho que guiá-los pela idéia de que eles devem ter certos fins e que eu deveria ser capaz de saber quais serão esses fins?
Ademais, por que tenho que saber onde meus atos desembocarão se não consigo nem saber quem eu sou hoje, se não sei quem fui ontem e muito menos quem serei amanhã? Aliás, amanhã eu serei alguém ou esse alguém será por mim?
Por que devo me responsabilizar pelas vidas dos outros se não consigo me responsabilizar pela minha própria vivência? Seria uma fuga o fato de que tento diariamente me fazer acreditar que
minha existência deve ser pautada no postulado de que é cotidianamente que se experencia o mundo?
Se é verdade o que uma grande amiga que faz papel de um xamã para mim disse e eu vim ao mundo para me satisfazer, enquanto que os outros têm que satisfazer a si próprios, por que sou cotidianamente construído a pensar e a sentir o mundo todo em minhas costas?
Por que quero me expressar e não saem mais palavras de minha mente, de minha boca, de meu corpo, apenas gestos que nunca verás, contorções, gritos internos, fluxos e refluxos de sentimentos, emoções, contradições, arrependimentos, dissociações?
Por que sou obrigado a aceitar o racionalismo se todas as minhas experiências me ensinam a rechaçá-lo com todas as forças de um coração partido, sangrando ou ainda vibrando por sangrar ou sangrando por fazer outros sangrar???? Por que alguns corações sangram por outros corações?
Por que??? Por que??? Por que??? Por que??? Por que??? Por que??? Por que??? Por que???
Repressões morais a parte, por que não conseguimos deixar de tê-las e sentí-las como uma dor lancinante que torna-se mediação simbólica de todas as experiências que temos, enquanto não conseguimos construir novas categorias que organizem nossas experiências em nossas mentes e corpos? É possível construir essas novas categorias?
Por que considero esse post tão ridículo e, ainda assim, teimo em publicá-lo???
Por que tenho que construir minha personalidade pautada na homogeneidade e no princípio de que a construção de minhas diversas faces tem que ser regida pelo princípio da não-contradição?
Por que tenho que ter explicações para todos os meus atos e tenho que guiá-los pela idéia de que eles devem ter certos fins e que eu deveria ser capaz de saber quais serão esses fins?
Ademais, por que tenho que saber onde meus atos desembocarão se não consigo nem saber quem eu sou hoje, se não sei quem fui ontem e muito menos quem serei amanhã? Aliás, amanhã eu serei alguém ou esse alguém será por mim?
Por que devo me responsabilizar pelas vidas dos outros se não consigo me responsabilizar pela minha própria vivência? Seria uma fuga o fato de que tento diariamente me fazer acreditar que
minha existência deve ser pautada no postulado de que é cotidianamente que se experencia o mundo?
Se é verdade o que uma grande amiga que faz papel de um xamã para mim disse e eu vim ao mundo para me satisfazer, enquanto que os outros têm que satisfazer a si próprios, por que sou cotidianamente construído a pensar e a sentir o mundo todo em minhas costas?
Por que quero me expressar e não saem mais palavras de minha mente, de minha boca, de meu corpo, apenas gestos que nunca verás, contorções, gritos internos, fluxos e refluxos de sentimentos, emoções, contradições, arrependimentos, dissociações?
Por que sou obrigado a aceitar o racionalismo se todas as minhas experiências me ensinam a rechaçá-lo com todas as forças de um coração partido, sangrando ou ainda vibrando por sangrar ou sangrando por fazer outros sangrar???? Por que alguns corações sangram por outros corações?
Por que??? Por que??? Por que??? Por que??? Por que??? Por que??? Por que??? Por que???
Repressões morais a parte, por que não conseguimos deixar de tê-las e sentí-las como uma dor lancinante que torna-se mediação simbólica de todas as experiências que temos, enquanto não conseguimos construir novas categorias que organizem nossas experiências em nossas mentes e corpos? É possível construir essas novas categorias?
Por que considero esse post tão ridículo e, ainda assim, teimo em publicá-lo???
Rafael Arantes
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